Bebida de origem taiwanesa à base de chá gelado e bolinhas saborizadas feitas de tapioca, o bubble tea paranaense superou fronteiras e chegou a 17 estados brasileiros
Com faturamento de R$ 29,4 milhões em 2023, a Bubble Mix Tea, rede paranaense pioneira em bubble tea no Brasil, celebra uma década de operação e sucesso, e com planos ambiciosos para o futuro.
Fundada em 2014 a marca já conquistou mais de 85 unidades em 17 estados e a previsão é atingir a marca de 100 lojas até o final deste ano, ampliando sua presença para mais de 60 cidades.
O trio empreendedor por trás desse sucesso, composto pelos paranaenses Rodrigo Balotin e Alex Lin, juntamente com o mineiro Rogério Arcanjo, trouxe uma mistura única de experiências e habilidades para criar uma receita vencedora.
Conectando diferentes origens e trajetórias, eles transformaram o Bubble tea em uma história que transcende fronteiras geográficas e culturais.
De origem taiwanesa, a bebida à base de chá gelado e pérolas de tapioca caramelizadas chega a mil combinações, atingindo em maioria público jovem.
Amigos desde a adolescência, Alex Lin e Rodrigo Balotin compartilharam não apenas laços de amizades, mas também o desejo comum de empreender.
Com raízes taiwanesas, Alex, que passou parte da infância em uma colônia asiática no Paraguai, uniu forças com Rodrigo, que após concluir sua graduação na Espanha, mergulhou em uma experiência profissional de três anos na China e até rendeu um casamento.
Rogério Arcanjo, por sua vez, não tinha inicialmente o objetivo de se tornar um empresário, mas seus conhecimentos em gerenciamento de projetos, adquiridos durante sua carreira no Parque Tecnológico Itaipu – PTI, provaram ser valiosos no caminho que estava por vir.
A redescoberta do bubble tea por Alex, se deu em 2012, quando atravessava diariamente a fronteira entre Foz do Iguaçu, onde morava, e Ciudad Del Este, no Paraguai, onde trabalhava.
A bebida – vendida mais fortemente dentro da comunidade taiwanesa – lembrava a infância.
Feita de forma caseira, combinava chá preto ou verde gelado com bolinhas saborizadas.
Feliz por reencontrar o produto, convidou o amigo Rodrigo, já de volta ao Brasil, para conhecer e concordaram que o bubble tea tinha potencial para ser escalado, desde que trabalhado profissionalmente.
Fascinados pela bebida, os amigos embarcaram em uma jornada de um mês ao berço do bubble tea, Taiwan, onde estudaram preparo, receitas, ingredientes e fornecedores para começar por aqui uma fase de testes, incorporando sabores brasileiros à receita tradicional taiwanesa, como o chá mate e frutas tropicais.
Foi o início da Bubble Mix, primeira rede do segmento no Brasil.
Dividindo o apartamento com Alex, Rogério era um dos convidados para a prova inicial do bubble tea brasileiro.
Acreditando na veia empreendedora dos amigos, envolveu-se mais do que imaginava, agregando ao time conhecimentos de gestão de projetos e tornando-se oficialmente um sócio da marca.
Em 2014, inauguraram a primeira unidade, dentro de um supermercado com grande circulação.
Queriam testar a aceitação do novo produto.
Os primeiros anos foram desafiadores, com os sócios conciliando a operação das lojas com empregos formais.
Para expandir o negócio, Rodrigo fez uma pós-graduação especializada em franquias, pavimentando o caminho para a expansão da rede.
Em 2016, trouxe para Foz do Iguaçu conhecimentos do curso e formatou, juntamente aos amigos, o modelo de franquia, colocado em vigor na sequência.
O reconhecimento veio em 2017, quando participaram do reality show Shark Tank Brasil, conquistando um aporte de R$ 300 mil e aumentando ainda mais a visibilidade e credibilidade da marca.
Atualmente, a Bubble Mix oferece uma variedade de opções de bubble tea que vão desde os tradicionais até criações mais inovadoras.
Há ainda um cardápio de cafeteria, caixinhas de chá para fazer em casa e até mimos como pelúcias de bubble tea.
Parte do sucesso está na qualidade dos insumos, cerca de 70% importados de Taiwan, número que pode chegar a 90% em breve.
A rede ultrapassa 85 lojas pelo país, presente em todos os estados do Sul e Sudeste, além de Pará, Acre, Roraima, Goiás, Mato Grosso, Distrito Federal, Maranhão, Piauí, Bahia e Rio Grande do Norte.
Até o fim de 2024, a estimativa é de faturar R$ 40 milhões, com mais de cem lojas pelo país.
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Fonte: Markable Comunicação
